Stanley Kalu ainda estava no último ano da faculdade quando O Obituário de Tunde Johnson teve sua primeira estreia. O filme em si foi destaque no Festival Internacional de Cinema de Toronto daquele ano, em 2019, por abordar a brutalidade policial, bem como a experiência interseccional de ser negro e queer. É centrado em Tunde, um adolescente nigeriano-americano no sul da Califórnia lidando com a revelação de seus pais, um namorado que ele mantém em segredo e drogas. Mas o projeto está em uma espécie de loop enquanto Tunde se vê vivendo e revivendo sua própria morte nas mãos da polícia repetidas vezes.
Tendo sido premiado com Next Wave no TIFF o filme também ganhou o Prêmio do Público no Outfest, O Obituário de Tunde Johnson é estrelado por Steven Silver como Tunde, Nicola Peltz como seu amigo de longa data Marley e Spencer Neville como Soren O’Connor, o namorado enrustido.
O filme coloca na tela o tipo de cobertura em loop que as comunidades negras passam regularmente, assistindo a negros desarmados morrerem nas mãos da polícia no noticiário ou na mídia social vez após vez.
“Eu queria juntar essas experiências de violência que tenho visto… mostrar como é a vida contra a morte e como é ser desvalorizado e morrer constantemente todos os dias, o que eu acho que é a experiência de [pessoas negras ] na América ”, disse Kalu. “Talvez as pessoas parassem de ser tão idiotas.”
E embora os americanos possam ver o projeto principalmente a partir dessa experiência, como Kalu nasceu na Nigéria, também existe uma versão distintamente esquisita de ver até o fim. “Eu tinha todos esses sentimentos e continuava vendo pessoas que se pareciam comigo morrer todos os dias na América”, disse ele. “E depois de volta para casa, não é como aqui. Pessoas queer morrem da mesma maneira. ”
O obituário de Tunde Johnson será lançado nos cinemas e sob demanda pela Wolfe Releasing em 26 de fevereiro.
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