Novembro é um mês em que a discussão sobre racismo ganha força, mas junto com isso temos a velha aparição da “consciência humana”. Você provavelmente já se deparou com uma fala que minimiza a importância do dia 20 de novembro. É nesse mesmo nível que se encontram os argumentos que tentam dar sustentação ao devaneio do racismo reverso.
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Silvio Almeida nos lembra muito bem que o racismo não é produzido por meras ações individuais isoladas, o racismo é um sistema complexo que é instituído por um processo histórico e político. Está na estrutura social e é reproduzido pelas instituições. Portanto, a ideia de um racismo reverso é incabível.
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O racismo cria condições de existência que são impostas tanto aos negros quanto aos brancos, confere desvantagens aos primeiros e privilégios aos segundos, desse modo, o sujeito branco é colocado numa posição privilegiada de referência ética, moral, estética e civilizatória, enfim, como referência de humanidade.
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As tentativas de negar a existência ou de inverter o racismo são diversas, seja com a “Consciência Humana” daqui ou o “All Lives Metter” de lá.
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O mês de novembro no Brasil é carregado de formulações simplistas sobre o racismo, entre elas, a de que falar sobre isso só cria divisionismos, quando na verdade já estamosm socialmente divididos pelo racismo e o silêncio só tem como resultado a sua permanência inabalada.
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Novembro deve ser um mês de movimento, escuta e reflexão.⠀
Novembro deve ser o ano todo.
O racismo exige ENFRENTAMENTO!
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