PSICOTERAPEUTA FALA SOBRE LESBOFOBIA NA PSICOLOGIA

Samantha Medeiros é Psicoterapeuta, LGBT+ e Educadora em Saúde e Direitos Sexuais e Reprodutivos. Recentemente lançou em seu instagram o que ela chama de: NOTAS PARA UMA PSICOLOGIA NÃO LESBOFÓBICA. Aproveitamos o mês da visibilidade lésbica para trazermos para o debate este assunto tão importante. São dicas para profissionais e também para pacientes onde Samantha destaca a importância de não deixar o preconceito influenciar na terapia.

Confira abaixo e mais no Instagram da Samantha Medeiros:
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1 – NÃO PRESSUPONHA A HETEROSSEXUALIDADE
Pressupor a heterossexualidade à mulheres reforça a lógica de que a heterossexualidade é inevitável, contribuindo para o apagamento de outras sexualidades, como a lesbianidade.
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2 – TENHA EM SUAS REFERÊNCIAS MULHERES LÉSBICAS
Não busque encaixar a lesbianidade na heteronorma. Se permita desacomodar a escuta. Lésbicas têm vivências diversas, e também constroem epistemiologias.
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3 – A LESBIANIDADE É UMA QUESTÃO PARA A SAÚDE?
Pressupor que lésbicas sofrem por serem lésbicas também é patologizar.  Caso algum sofrimento se apresente, busque escutá-lo de maneira critica e articulada ao campo social. Afinal, é a lesbofobia que o produz.
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4 – ENTENDA A HETEROSSEXUALIDADE COMPULSÓRIA
Algumas lésbicas já estiveram em relações heterossexuais e isto não as torna menos lésbicas.
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5 – SE VOCÊ NÃO INVESTIGA A HETEROSSEXUALIDADE POR QUE INVESTIGAR A LESBIANIDADE?
Intervenções que buscam investigar uma suposta “origem da lesbianidade” sugerem que algo esperado, em termos de um “desenvolvimento saudável” , não ocorreu; atribuindo caráter patologizante.

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