CIA APÓCRIFA APRESENTA ESPETÁCULO EM FORMATO LIVE: “VERA VENÉREA”

A Cia Apócrifa de Teatro, no dia 10 de julho às 20h , fará uma transmissão ao vivo do premiado espetáculo “Vera Venérea”, um solo autoral de Marcos Paulo Moreira, fundador da companhia. A exibição será feita no youtube e no facebook, no perfil e no canal “Paradigmarcos“. O monólogo em questão, já há 10 anos em circulação, jamais obteve patrocinadores, tampouco incentivos públicos, talvez, e muito provavelmente, por abordar temas demasiado polêmicos e, como sugere o próprio nome da cia, quase “apócrifos” : transgenerismo, denúncia à pedofilia e à homofobia, machismo sistêmico e AIDS. O espetáculo é um coquetel de verdades venenosas que batizaram a personagem título, Vera Venérea.

Release:

O espetáculo “Vera Venérea”  surgiu a partir da montagem de uma cena-curta para concorrer num festival desta categoria e acabou se transformando num dos espetáculos mais notáveis do repertório do ator Marcos Paulo Moreira e se consagrou como a primeira montagem da Cia Apócrifa de Teatro. O trabalho foi premiado em segundo lugar no Festival Nacional de Teatro de Goiânia, realizado pela Cia Oops (GO) no ano de 2010, sendo então convidado para a Mostra Circuito da Cena, realizada pelo Grupo Galpão (MG) em 2011, eleito como o melhor cena pelo júri popular. Alguns anos depois a cena curta, que anteriormente se entitulava “O Bailado Primaveril”, amadureceu e se [trans]formou num espetáculo longo. Assim nasceu “Vera Venérea”, em outrubro de 2016, no saudoso palco do Cine-Teatro Goiânia Ouro, sendo aclamado pela classe artística goianiense e por uma horda de travestis, convidadas de honra, que haviam sido o material humano para a pesquisa do ator-autor-diretor em seu processo de criação. Logo após a estréia, Vera foi selecionada para participar do TeNpo (Mostra Nacional de Teatro de Porangatu). Ao fim do mesmo ano, concorreu no Festival Curta a Cena, rendendo dois prêmios de primeiro lugar à companhia: melhor cena e melhor ator para Marcos. Já em dezembro de 2017 a peça chegou a São Paulo, realizando uma apresentação única no Espaço Parlapatões, uma sala de renome nacional, e sendo convidada pelo mesmo a realização de uma temporada no primeiro semestre de 2018.

Sinopse:  O monólogo tem duração de sessenta minutos e retrata a madrugada de uma travesti que volta para casa depois de uma noite de trabalho nas ruas. Enquanto conversa com a platéia ela conta sua história de vida, seus sonhos frustrados, e esboça a realidade do transgênero baixa-renda no nosso país. Além do protagonismo da prostituta Verinha, grandes mulheres prostituídas e subversivas da história do teatro entram em cena: Desdêmona, Medeia, Electra, Dorotéia, Clara Zahanassian e uma Atriz de Brecht. O discurso do espetáculo traça um paralelo entre o trabalho da prostituta e o ofício da atriz, criticando essa famigerada equivalência disseminada pela voz do machismo. O único personagem masculino é Sabará, um jocoso cafetão. Vera Venérea é o nome de guerra adotado pela personagem após descobrir ser soropositivo.

Siga o Alguém Avisa no seu Canal no YouTube e confira conteúdos especiais.