ESPECIAL MÊS DO ORGULHO ALGUÉM AVISA, COM: LENY BARCELLOS

Em Junho ao redor do mundo todo é celebrado o mês do orgulho LGBT. A data se tornou representativa após o início dos movimentos iniciados em Nova Iorque. O mês faz referência à revolta de Stonewall, ocorrida em 28 de junho de 1969, quando um grupo de LGBT’s resolveu enfrentar a frequente violência policial sofrida pelos homossexuais. Por isso, neste mês tão importante reunimos algumas entrevistas de pessoas que fazem parte da comunidade, para falarem sobre a data.

Nossa entrevistada hoje é:  Leny Barcellos, libriana 31 anos. Lésbica. Cantora, compositora, violonista, intérprete. Atuante no ramo musical. Confira abaixo a entrevista:

1 – O que é orgulho LGBT para você?

Orgulho LGBT é resistência! É luta, um autoconhecimento diário, saber quem somos e o que ainda podemos ser. É se amar e abraçar toda uma diversidade que simplesmente quer ser o que é. Também é responsabilidade, exemplo, consolo e aconselhamento para as gerações futuras e batalhar por uma sociedade melhor para elas.

2 – O que você diria para quem nesse momento está em uma situação de medo?

Que realmente não é fácil. Que agora é extremamente importante a saúde mental. Reclamamos da rotina corrida que tínhamos e com essa “puxada no freio de mão” percebemos o quanto estávamos acostumados com ela. É hora de se reinventar, não deixar que pensamentos sombrios dominem nossas mentes e que caso isso aconteça não exitar em pedir ajuda.

3 – O que você deseja para 2020 e o que acha ser necessário fazer para que isso aconteça?

Mesmo com todas as diferenças que nós seres humanos temos é hora de se unir e fortalecer os laços afetivos que temos mesmo a distância, desenvolver ainda mais a empatia e a solidariedade. Ao contrário do que muitos pensam a comunidade LGBT se empenha em desconstruir a sociedade e não em destruí-la. O conceito de sociedade existe desde o período paleolítico e sempre vai existir, porque este medo então? Que 2020 seja um ano de mudanças, ora já estamos mudando! Momento propício para rever conceitos e jogarmos fora valores arcaicos que já não servem mais, para que todo o indivíduo tenha a mesma visibilidade. O desenvolvimento é gradual, lento mas podemos começar com o exercício do respeito e da aceitação.

4 – O que não podemos mais tolerar?

O anonimato, a escassez de referências, a exclusão, a violência. Os arquétipos caricatos que toda a sigla LGBTQIA+ tem perante a sociedade.

5 – Quem é a sua maior referência no mundo LGBT?

Referência, tem várias. Admiração e respeito tenho por todxs que estão a mais de 20 anos lutando, dando a “cara pra bater” num mundo infeliz literalmente. Que batalham a décadas para que futuras gerações LGBTQIA+ não passem pela mesma repressão que passaram, anônimos e famosos. Do fundo do meu coração vem um imenso muito obrigada e muita gratidão.

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