ESPECIAL MÊS DO ORGULHO ALGUÉM AVISA, COM: SOPHIE RAMONE

Em Junho ao redor do mundo todo é celebrado o mês do orgulho LGBT. A data se tornou representativa após o início dos movimentos iniciados em Nova Iorque. O mês faz referência à revolta de Stonewall, ocorrida em 28 de junho de 1969, quando um grupo de LGBT’s resolveu enfrentar a frequente violência policial sofrida pelos homossexuais. Por isso, neste mês tão importante reunimos algumas entrevistas de pessoas que fazem parte da comunidade, para falarem sobre a data.

Nossa entrevistada hoje é: Sophie que significa SABEDORIA, 26 anos e do signo de virgem. Nascida em Alagoas na cidade de Arapiroca (Arapiraca).
Está na sua transição há quase 3 anos e desde que se descobriu como mulher, só teve prazeres e amores em relação ao seu corpo, mente e espírito. É apaixonada pela a arte, ama dançar e ama estar nos palcos. É muito sincera e muito amiga, inclusive leva a ferro e fogo a palavra amizade. “- Aproveito a deixa e peço que deixe seus currículos pro Alguém Avisa, caso queira me namorar pois estou solteira hahaha e não posso deixar esse corpo e nem esse coração solitário por tanto tempo” comenta Sophie. Confira abaixo a entrevista:

1 – O que é orgulho LGBT para você?

O meu orgulho é poder compartilhar a minha existência, sem eu me importar com o que os outros pensam. Orgulho pra mim é ser quem eu sempre quis ser, orgulho pra mim é ver minhas manas me terem como referência. Orgulho pra mim é ensinar essas gayzinhas que o movimento tem uma história e nessa história as travestis foram e sempre serão as protagonistas. Então tenha orgulho e respeito por NÓS.

2 – O que você diria para quem nesse momento está em uma situação de medo?

Pra que não se sinta sozinho (a) e sempre que estiver com medo ou pensando em fazer qualquer besteira. Olhe sua trajetória e sinta orgulho da pessoa que você se tornou e busque o apoio de pessoas próximas que te amam. O medo sempre vai existir, cabe a nós usar o medo ao nosso favor.

3 – O que você deseja para 2020 e o que acha ser necessário fazer para que isso aconteça?

Eu desejo que as pessoas saíam dessa pandemia com a cabeça aberta e livre de todos os preconceitos. Eu desejo que isso realmente aconteça, não estamos nessa Quarentena a toa. Estamos sendo obrigadas à olhar nossas imperfeições e defeitos e precisamos mudar isso urgente.

4 – O que não podemos mais tolerar?

Eu não tolero a hipocrisia e a falsidade. Não tolero a xenofobia velada que existe nesse estado. E não devemos tolerar que amigos, colegas e familiares e conhecidos nos coloquem pra baixo.

5 – Quem é a sua maior referência no mundo LGBT?
Marsha P. Johnson e Sylvia Rivera

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