ESPECIAL MÊS DO ORGULHO ALGUÉM AVISA, COM: GUILHERME ASSUMPÇÃO

Em Junho ao redor do mundo todo é celebrado o mês do orgulho LGBT. A data se tornou representativa após o início dos movimentos iniciados em Nova Iorque. O mês faz referência à revolta de Stonewall, ocorrida em 28 de junho de 1969, quando um grupo de LGBT’s resolveu enfrentar a frequente violência policial sofrida pelos homossexuais. Por isso, neste mês tão importante reunimos algumas entrevistas de pessoas que fazem parte da comunidade, para falarem sobre a data.

Nosso entrevistado hoje é: Guilherme Kern Assumpção, 30 anos, advogado, ativista soropositivo pela RNP-RS, vivi desde os meus 18 anos vinculados ao movimento estudantil pautando a violência contra gays e a saúde mental no ensino superior, em 2016 descobri meu estado sorológico, assim como fiz alguns vídeos sobre, e comecei a estudar sobre saúde pública, acessibilidade, participando da Parada Livre desde 2018. Confira abaixo a entrevista:

1 – O que é orgulho LGBT para você? 

O orgulho LGBT possibilita eu olhar para diferentes amizades e vê-las conquistando espaços que não eram possíveis ou imaginados quando eu era criança; como ter uma família com crianças, estar em uma posição de liderança e aplicar minhas visões para mudar o mundo ao meu redor. Ver essa mudança é o orgulho, saber que a caminhada de pessoas antes de mim, assim como eu, podem ter possibilitado essas novas formas de ser LGBTI.

2 – O que você diria para quem nesse momento está em uma situação de medo? 

Fale sobre o medo. A coisa mais engraçada do medo é que ao falar dele, ele some. Pode não ser a primeira vez, nem na segunda, mas em algum momento conversando reconhecerá o medo e, a partir dele, desenvolverá táticas para não se realizar. É neste momento que o desespero desaparece e a tática inicia.

3 – O que você deseja para 2020 e o que acha ser necessário fazer para que isso aconteça?

Neste momento, somente que qualquer pensamento ou ato seja refletido e discutido com pessoas próximas. Momentos como esse nos pedem calma, reflexão, afeto e muito estudo. Assim como uma representação de pessoas LGBTI na política, o RS não possuí ninguém LGBTI. Talvez muita poesia também, slam salva vidas.

4 – O que não podemos mais tolerar? 

A falta de técnica e estudo relativo a política. Existindo isso, o resto é prática e construção diária. Não podemos mais esperar que alguém nos ensine, nos eduque. A violência têm pressa em matar e não podemos aceitar mais somente aliados no poder, queremos LGBTI.

5 – Quem é a sua maior referência no mundo LGBT?

Minhas amizades que disputam espaços de poder que nunca nos foram permitidos como no legislativo ou executivo, LGBTI são capazes, porém não estão lá, por quê?

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