APLICATIVO PARA SEGURANÇA LGBTQIA+ ‘DANDARAH’ ESTARÁ DISPONÍVEL EM DEZEMBRO

Com o objetivo de ajudar na segurança da população LGBTI+ ONGs se unem à Fiocruz e lançam aplicativo. “Dandarah” estará disponível nas lojas de app a partir do dia 18/12, e tem como principal função facilitar à população LGBTQIA+ a se informar, denunciar, registrar e evitar diversas formas de violência às quais está sujeita.

O aplicativo é uma iniciativa conjunta entre o Projeto Resistência Arco-Íris, da ENSP – FIOCRUZ em parceria com a Associação Nacional de Travestis e Transexuais (ANTRA) e a Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Intersexos (ABGLT). “Queremos que o app Dandarah seja uma fonte de informação para a comunidade LGBTI. Vamos geolocalizar locais seguros para essas pessoas e o cadastro desses ambientes será feito pelos próprios usuários”, explica Angélica Baptista, especialista em saúde digital e que também é uma das pesquisadoras do projeto Resistência Arco-Íris, projeto o qual impulsionou a idealização do APP.

O Brasil é o país que mais mata pessoas trans no mundo e é um dos mais violentos para pessoas LGBTI+ em geral, além de ainda haver uma enorme dificuldade em realizar registros de denúncias e a efetiva a participação da população em ações pensadas para o enfrentamento da violência LGBTIfóbica, justamente pelo fato das pessoas agredidas sentirem medo dos agressores.

“Além de ser uma ferramenta de extrema importância para nossa população, trazemos neste projeto a participação de pesquisadoras oriundas dos movimentos sociais, e que aplicaram testes do aplicativo em sete cidades brasileiras (Aracaju, Uberlândia, Brasília, Belém, Niterói, Salvador, Francisco Morato e Rio de janeiro) com o intuito de aperfeiçoar suas funcionalidades, alcançando cerca de 130 pessoas LGBTI, com diversos perfis de classe, raça e gênero, que puderam colaborar com o projeto, ratificando a importância da pesquisa e da parceria entre a academia e movimentos sociais”, revela Bruna Benevides, Secretária de Articulação política da ANTRA e pesquisadora do Projeto.

O nome ‘Dandarah’ é uma homenagem à Dandara Ketlyn, travesti assassinada brutalmente em 2017, no Ceará. O aplicativo será apresentado às 13 horas no Centro de Estudos Miguel Murat de Vasconcellos, no Rio de Janeiro, que também incluirá mesas temáticas sobre violência fóbicas, apresentação da metodologia, resultados do projeto e apresentações culturais.

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