EVA KING FALA SOBRE A VIDA DE DRAG EM NOVA YORK E SOBRE A DRAGCON

Recentemente, a drag queen gaúcha Eva King foi para Nova York na busca de aprendizados. Sem nunca ter ido para a cidade de Nova York antes, a artista conta que olhando para trás, hoje se dá conta de  “quão louca foi a decisão de vir para uma cidade até então desconhecida”, mas revela que também não há nenhum arrependimento. Para ela, a cidade respira arte Drag. Engana-se quem acha que a cena ‘gringa’ se limita à Rupaul’s Drag Race.
 
Ela conta que o que vemos no programa é só uma parte de um cenário muito maior e mais diversificado do que se produz por lá. Há três meses morando na cidade, Eva conta que toda semana descobre Drag’s que lhe surpreendem e a instigam a sair da sua antiga caixinha de conceito/definição do que é Arte Drag e/ou onde ela pode chegar! “Acreditem: O céu (ou o inferno) NÃO é o limite”, brinca Eva.

Há, sem duvida alguma, grandes diferenças com a cena “brasileira” (entenda aqui, como cena “brasileira” a diminuta parcela que eu tive acesso quando estive no Brasil, infelizmente). Para Eva, “aqui no Brasil levamos a performance para um lado mais teatral, buscando unir vários aspectos artísticos (teatro, dança, canto…) para formar um número que, não somente entretenha, mas que conte uma história ou resignifique algo. Aqui, noto que por diversos fatores, como o timing dos espaços onde acontecem as performances (leia-se 90% das festas destinadas ao público LGBTQI+), a quantidade de “blocos” que elas acontecem (geralmente 3 blocos de shows durante a noite) somado ao fato das ‘tips’ (gorjetas) onde a Drag entra diretamente em contato com o público para recebê-las e, obviamente, a cultura do lugar. Tudo isso faz com que exista uma outra forma de “pensar” a performance, onde por vezes o entretenimento tem um peso maior neste “pensar” (o que faz vermos showgirls incríveis! Insira um death-drop depois desta sentença)”.

Antes de se mudar para Nova York, a drag conta que pensou bastante sobre como seria essa “adaptação” aos palcos, contudo ela conta que a resposta veio logo! Pois o que a torna “única”, é a experiência que traz do Brasil: a cultura, as vivências, a forma que “criou” sua persona e tudo que aprendeu e ainda aprende com pessoas incríveis do Brasil.  resultado disso, para ela, são performances bem “abrasileiradas” e sempre com elementos que remetam de onde a artista veio! Eva confessa que  
obviamente, está aberta à esta enxurrada de novas referências, artistas incríveis, novas visões que esta experiência está lhe dando. Conta também que isso vem fazendo a redescobrir (e testar) varias formas de pensar Drag, e para ela isso é o mais incrível disso tudo!

Eva revela, sem contar a idade, que começou a assistir RuPauls Drag Race, quando – nem nos maiores sonhos – pensava que se tornaria essa “febre mundial” e que quando tomou a decisão de ir para Nova York, a DragCon se tornou parte dos seus planos.
Sua expectativa é gigante! Para ela, “conhecer as Queens que torci (por vezes parecendo mais fanática que seu pai em Grenal), ter a oportunidade de falar, trocar experiências, ouvir e se inspirar mais ainda e conhecer RUPAUL, me soa fantástico.” Eva ainda nos conta uma novidade, e revela que “o melhor de tudo isso é que estarei compartilhando isso tudo com quem pisou num palco pela primeira vez comigo: Gabi Santorini”. Para ficar por dentro de tudo, acompanhe Eva King e Gabi Santorini nas redes sociais.

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