MAROON 5 PODE SUBSTITUIR SERIPHA SIGMA NESTE SÁBADO NA WORKROOM

A gente só está brincando, a Seripha vai estar sim arrasando na Workroom. Além de ser um espaço amigável para o público LGBTQIA, o bar também se tornou um dos espaços onde as artistas drags podem apresentar o seu trabalho. A Workroom (que prefere ser tratada no feminino mesmo) tem decoração inspirada nos cenários do reality show estadunidense RuPaul’s Drag Race) Assim como o programa que tem inspirado centenas de jovens a colocar para fora seu alter ego drag, provocando uma verdadeira eclosão de artistas essenciais da cena cultural LGBT da cidade, a Workroom procura incentivar cada vez mais que as drags tenham um espaço para apresentar a sua arte. Em parceria com a Workroom, o Alguém Avisa irá todas as semanas mostrar um pouco mais do trabalho realizado pelas Queens que se apresentam a cada sábado na Saturday Night Divas. Hoje você conhece um pouco do trabalho de Seripha Sigma que se apresenta neste sábado (16), a partir das 21h.

Seripha Sigma: Serifa é um termo usado na tipografia para denominar os traços ou barras que rematam cada haste de certas letras, é usado para dar destaque, decorar ou facilitar a leitura de textos. Como sou Designer Gráfico durante o dia, essa palavra faz parte do cotidiano da Drag. As maiores influências da artista são as manas locais, que todos os dias lhe ensinam algo novo. “Drags como Belle Z Boo, Lo Litta e Rebeca Rebu tem um papel importante na construção da minha drag”, afirma.  Seripha sempre foi artista, desenha desde muito pequena. E também sempre foi muito apaixonada por toda a indumentária feminina. As duas coisas se juntaram de maneira muito natural depois de conhecer RuPaul’s Drag Race. Apesar de amar o que faz, revela que o que mais dificulta a profissão, é a questão financeira e o preconceito e a ignorância das pessoas. Atualmente, todos os seus amigos a apoiam muito, e hoje a maioria das pessoas do seu convívio são as próprias manas Drags. “Minha família leva numa boa, mas não busca muita proximidade com este lado da minha vida”, revela.

 

Foto de Matheus Amaral

Sobre mudanças, a drag acredita que nós já caminhamos muito, mas que ainda há muita homofobia e ignorância acerca da arte drag. “Hoje nós conquistamos um público muito além das boates e da própria população LGBT, mas é preciso tomar cuidado para não permitir que nos tornemos um chaveirinho para as “pessoas de bem”. Nada me irrita mais do que drag que se rebaixa para ser aceita nesses espaços como uma mercadoria exótica enquanto nega o Guetto LGBT”, finaliza. Antes da nossa ‘rapidinha’, pedimos para ela completar a frase “Alguém Avisa que…”, ao que ela finalizou dizendo: “Alguém Avisa que vai ter bicha, viado e sapatão tem todo lugar sim!”

RAPIDINHA:

UMA PESSOA: A Blogueirinha de Merda
UM LUGAR: O camarim da Workroom, quando não tenho que compartilhar com gente do tipinho da Belle Z Boo. (Risos)
UM OBJETO: Grampo de cabelo. Você nunca sabe quanta falta ele faz, até precisar de um e não ter.
UMA PALAVRA BONITA: Embuste (enche a boca pra falar).
UMA PALAVRA FEIA: Fibromialgia
UM VICIO: Desenhos animados. Todos eles.
UM SONHO: De doce de leite, de preferência.
PREGUIÇA: De gente que defende censura em pleno 2017.
PRAZER: Tirar os saltos depois de usa-los por cinco horas consecutivas.
RAIVA: De quem tira foto com drag na balada, nem cumprimenta, nem olha na cara e sequer liga o flash.
FELICIDADE: A hora de pegar o cachê.
TRISTEZA: A hora de pagar os boletos e pensar que tu não devia ter gastado o cachê com um lanche.
MEDO: Boletos.
DRAG: Força.

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