V SEMANA DA DIVERSIDADE SEXUAL E DE GÊNERO DA FABICO ACONTECE EM SETEMBRO

A Semana da Diversidade Sexual e de Gênero é uma iniciativa proposta inteiramente por estudantes da Faculdade de Comunicação e Biblioteconomia da UFRGS com o apoio do Dacom (Diretório Acadêmico da Comunicação). A V Semana da Diversidade Sexual e de Gênero da Fabico acontecerá de 25 a 28 de setembro de 2017 e além de palestras, painéis e debates também contará com arte, música e projeções.

MANIFESTO

Nascemos. Nascemos de uma inquietação. De uma angústia. Da vontade de aprender. Enquanto estudantes de Comunicação, enquanto formadores de opinião, enquanto agentes construtores de representações. Saber. Conhecer. Um conhecimento que a academia não contempla. Questionamos a Comunicação a partir de suas escolhas, descobrimos as suas potencialidades na desconstrução de estereótipos. Crescemos. E ali fomos em busca de mais conhecimento, pois descobrimos que nada sabíamos. Assim como a flor que rompe o asfalto, rompemos estruturas, derrubamos muros. Colorimos as paredes, denunciamos a violência e nos chocamos com ela. Nos posicionamos. Somos, afinal, um coletivo interseccional. Respeita as mina, as mona, as trava, as trans. E tudo mais que alguém possa ser. E tudo aquilo que alguém não queira ser. A faculdade não é mais a mesma. Todas as pessoas que trabalharam, palestraram, atuaram, deixaram suas marcas, suas dores, sua arte. Nosso ciclo chega ao quinto ano. Durante esse período, houveram conquistas, perdas, violências, casamentos, representatividade, retrocessos. A cada avanço reacionário no mundo, as minorias sangraram ainda mais. Nosso ciclo se fechou. Eventos como a Semana da Diversidade Sexual e de Gênero da Fabico existem para que um dia não precisem mais existir. Não que este dia tenha chegado. Muito longe disso. Hoje percebemos que conseguimos conquistar corações e mentes, mas não conseguimos conquistar mais braços. A Semana é de vocês, Fabico. Daqui pra frente esperamos ver esse espaço cada vez mais negro, mais trans e mais feminista. Porque ainda existimos e resistimos.

CONFIRA A PROGRAMAÇÃO:

SEGUNDA (25)

ABERTURA

TERÇA (26)

17h: Oficina “Leituras Queer do Cinema Brasileiro”, com Dieison Marconi e Tainan Pauli (PPGCOM – UFRGS)

A grande maioria das recentes pesquisas em cinema queer no Brasil têm se concentrado sob o ponto de vista estético-narrativo e das políticas de representação. Nesse caso, permanece uma série de lacunas que precisam ser exploradas e investigadas, como é o caso dos processos de produção, consumo e espectatorialidade. Nesta oficina, nos dispomos a refletir sobre como entender as políticas queer no cinema a partir da sua espectatorialidade e o que podemos chamar de espectatorialidade queer.

19h: Mesa “Diversidade na Academia: perspectivas dos Estudos de Gênero”

Márcia Veiga (jornalista, doutora em Comunicação e professora colaboradora PPGCOM Unisinos);
Rosimeri Aquino (socióloga, professora na FACED – UFRGS, integrante do Geerge (Grupo de estudos em Educação e Relações de Gênero) e do GPVC (Grupo de Pesquisa em Violência e Cidadania);
Mediação de Pâmela Stocker (jornalista, doutoranda em Comunicação na UFRGS e integrante do Coletivo Gemis – gênero, mídia e sexualidade).

QUARTA (27) 

17h: Oficina “Comunicação inclusiva e não transfóbica”, com Caio Ramos (Homens Trans em Ação – HTA e PPGCOM – UFRGS)

19h: Painel “Saúde LGBT e os desafios para um atendimento livre de preconceito”

Ramiro Figueiredo Catelan (psicólogo, psicoterapeuta, mestrando em Psicologia Social e Institucional – UFRGS, pesquisador do Núcleo de Pesquisa em Sexualidade e Relações de Gênero NUPSEX/UFRGS e do Grupo de Pesquisa Preconceito, Vulnerabilidade e Processos Psicossociais PVPP/PUCRS);
Marcelo Rocha (médico, mestrando em Saúde Coletiva, pós-graduando em Psiquiatria e militante LGBT do Coletivo Juntos);
Priscilla Leote (coordenadora ONG Outra Visão, conselheira estadual LGBTT, técnica em enfermagem e estudante de Psicologia).

QUINTA (28)

19h: Mesa “Eu me vejo, eu me reconheço: a representatividade da mulher negra”

Stephanie Ribeiro (arquiteta e urbanista, ativista feminista e escritora. Contribui com textos, artigos, palestras e eventos. Em breve lançara seu livro pela Cia das Letras);
Fernanda Bastos (jornalista, professora de Letras e pesquisadora de Literatura Brasileira – UFRGS, e especialista em História da Arte. Atua na Fundação Piratini como repórter do programa Nação, referência na abordagem da cultura afro-brasileira, exibido pela TVE e TV Brasil);
Mediação de Aline Silveira (graduada em Licenciatura em História – ULBRA e estudante de jornalismo – UFRGS. Atualmente faz parte das Atinuké, grupo de estudo de mulheres negras do Rio Grande do Sul e escreve para o Blogueiras Negras).

(Não é necessária inscrição prévia. Certificados para quem tenha 75% de presença)

Apoio: PPGCOM/UFRGS e Sindisaúde-RS.

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