A Workroom, espaço inspirado em RuPaul’s Drag Race abriu em 2017 as portas para o público com o primeiro drag bar de Porto Alegre. Além de um espaço amigável para o público LGBTQIA, a casa também se tornou um dos espaços onde as artistas drags podem apresentar o seu trabalho. A Workroom (que prefere ser tratada no feminino mesmo) tem decoração inspirada nos cenários do reality show estadunidense RuPaul’s Drag Race) Assim como o programa que tem inspirado centenas de jovens a colocar para fora seu alter ego drag, provocando uma verdadeira eclosão de artistas essenciais da cena cultural LGBT da cidade, a Workroom procura incentivar cada vez mais que as drags tenham um espaço para apresentar a sua arte.
Os sócios Rodrigo Krás Borges e Gabriel Dreher buscam sobretudo, um lugar que respeita e valoriza a identidade e a liberdade de seus frequentadores, onde cada um pode ser o que é (ou que quiser ser por uma noite). Vale dizer ainda que nem só de novos talentos viverá a Workroom: as drag queens lendárias da cena artística LGBT de Porto Alegre também integram o time que terá lugar cativo no palco, como Cassandra Calabouço e Charlene Voluntaire, ambas com mais de 20 anos de carreira. Em parceria com a Workroom, o Alguém Avisa irá todas as semanas mostrar um pouco mais do trabalho realizado pelas Queens que se apresentam a cada sábado na Saturday Night Divas. E na estreia, vamos conhecer um pouco da trajetória de Cassandra Calabouço.
Cassandra Calabouço conta que desde criança sempre foi fascinada pelo universo feminino. E sempre adorou dublar! Quando começou a frequentar a noite LGBT, pode conhecer o trabalho de artistas que deram o empurrãozinho que faltava, levando a um trabalho de duas décadas. Dentre as grandes influências da artista estão alguns nomes bastante conhecidos como
Gloria Crystal, Laurita Leão, Gudiara Makimba, Charlene Voluntaire, Caio Prates, Boy Burns, Nanny People e as Dzi Croquettes.
O que motiva Cassandra e o trabalho com arte drag é a possibilidade de explorar humor, o universo feminino, dança, corpo e performance, quando perguntamos sobre a maior dificuldade, no maior bom humor ela respondeu: “Não comprar só sapatos de salto alto”. Diferente de outras histórias que já ouvimos, Cassandra tem apoio total e irrestrito da família. Novamente ela brinca: “Minha família me aceita kiridãn!!!”.
Antes da nossa ‘rapidinha’, pedimos para ela completar a frase “Alguém Avisa que…”, ao que ela finalizou dizendo: “Alguém avisa que sábado vou me apresentar no Work Room com a Candy Diazy num show Ba-ba-dooooo!”
RAPIDINHA:
UMA PESSOA: Minha Dindinha
UM LUGAR: O Calabouço
UM OBJETO: Peruca
UMA PALAVRA BONITA: Luxo
UMA PALAVRA FEIA: Qualquer uma, depende da entonação.
UM VICIO: Perucas e sapatos
UM SONHO: De valsa. Não, não… prefiro Ferrero Rocher.
PREGUIÇA: De gente que só conhece e curte o trabalho de drag gringa.
PRAZER: Tirar os sapatos depois de uma noite de trabalho.
RAIVA: Perder uma unha!
FELICIDADE: Encontrar a unha!
TRISTEZA: Não ter cola na bolsa pra colar a unha…
MEDO: Eu perdi o meu medo, o meu medo, o meu medo da chuva
DRAG: Fazer/ser/estar in Drag é o modo que tenho de expressar todas as minhas cores.
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