ALÉM DE PERFORMAR CANDY DIAZY REVELA QUE AMA NADAR A LUZ DO LUAR

Workroom, além de um espaço amigável para o público LGBTQIA, a casa também se tornou um dos espaços onde as artistas drags podem apresentar o seu trabalho. A Workroom (que prefere ser tratada no feminino mesmo) tem decoração inspirada nos cenários do reality show estadunidense RuPaul’s Drag Race) Assim como o programa que tem inspirado centenas de jovens a colocar para fora seu alter ego drag, provocando uma verdadeira eclosão de artistas essenciais da cena cultural LGBT da cidade, a Workroom procura incentivar cada vez mais que as drags tenham um espaço para apresentar a sua arte. Em parceria com a Workroom, o Alguém Avisa irá todas as semanas mostrar um pouco mais do trabalho realizado pelas Queens que se apresentam a cada sábado na Saturday Night Divas. Hoje você conhece um pouco do trabalho de Candy Diazy que se apresenta neste sábado (12), a partir das 21h.

A história de Candy Diazy começa quando ela conhece Cassandra Calabouço e outras drags de Porto Alegre durante um trabalho no grupo SOMOS – Comunicação, Saúde e Sexualidade. Foi deste encontro que surgiu aquela primeira curiosidade de se montar e criar uma personagem também. Desde o início as influências de Candy foram as Divas ‘old school’ da música, mulheres fortes e irreverentes da cultura popular e artistas da cena porto-alegrense como Charlene Voluntaire, Cassandra Calabouço, Castanha, Dandara e Laurita.

Sobre as motivações do trabalho, Candy acredita que o que mais a empolga são as possibilidades de criação, a relação com o público a partir de outra “pessoa”. Para a artista, é preciso entender a drag como uma persona com outras histórias, uma personalidade própria construída a partir de nossas experiências e que está sempre em processo. Segundo Candy, a pessoa pode mudar a persona e vice-versa, nossos conflitos, desejos, coisas que aprendemos, ideias, mudam quando vivemos a drag.

Sobre as grandes dificuldades da profissão, a drag brinca dizendo: “fazer xixi de unhas postiças”, o que certamente não é fácil. Sobre o apoio dos familiares Candy acredita que são muito importantes para a vida de qualquer profissional ou artista, e no caso da drag, principalmente, por se relacionar com temas importantes como gênero e sexualidade. Sobre o que ela acha que ainda é preciso mudar, sua resposta foi categoria: “O presidente da República”. Antes da nossa ‘rapidinha’, pedimos para ela completar a frase “Alguém Avisa que…”, ao que ela finalizou dizendo: “Alguém Avisa que já deu a hora de parar com esse papo de que rosa é de menina e azul é de menino.

RAPIDINHA: Adoro (Não era para responder, mas quem não adora?)

UMA PESSOA: Clarice Lispector
UM LUGAR: Saint-Tropez
UM OBJETO: Os homens que eu uso
UMA PALAVRA BONITA: Cintilante
UMA PALAVRA FEIA: Seborreia
UM VICIO: Laqué
UM SONHO: Ser uma Paqui-Drag na nova turnê da Xuxa
PREGUIÇA: Um animalzinho muito simpático
PRAZER: Nadar nua à luz do luar
RAIVA: Terem cortado a cobra do clipe de ‘Sua Cara’
FELICIDADE: Um fim de semana com as garotas no Jockey
TRISTEZA: Aquecimento global
MEDO: De palhaço
DRAG: Cassandra Calabouço

Veja mais no site do Alguém Avisa e siga também as atualizações nos perfis oficiais no Twitter, no Facebook e no Instagram.